Educação é aquela coisa que não tem preço. Alguns podem até pagar por ela, mas a enorme maioria da população brasileira está longe de ter esse privilégio. Por isso o ensino desempenha um papel fundamental especialmente para as comunidades negras.
Na estreia da Jornada Negras Raízes – campanha em que o Dialogando reverencia as pautas de interesse das pessoas pretas de norte a sul do país – trazemos mentes brilhantes que estão revolucionando a educação do Brasil com métodos absolutamente inovadores.
Os sete profissionais que você vai conhecer a seguir foram reconhecidos pela Forbes e estão construindo pontes para um ensino mais engajador e inclusivo. Personalidades que têm, pelo menos, três coisas em comum:
a) A paixão por tecnologia;
b) A raça;
c) E disposição para batalhar rumo a um futuro menos excludente para todos;
Conheça esse time!
Pretos high tech: 7 profissionais necessários à frente dessa pauta
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1. Carine Alcantara – Consultora de Inovação na Vivo
Com o peito cheio de orgulho e o coração quentinho, apresentamos a Carine, engenheira de produção que há muito tempo entendeu que a educação é uma ferramenta poderosa para mudar realidades.
Antes de inovar nas bandas de cá, ela se identificou com a proposta da startup de financiamento educacional Provi, onde foi Coordenadora de Projetos de Inovação e desenvolveu o ISA (Income Share Agreement, ou Acordo na Participação dos Lucros, na tradução) – produto da edtech com foco no acesso ao ensino de alunos financiados e colaboradores internos.
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2. André Antunes Vieira – CTO na MeSalva!
O Diretor de Tecnologia e Desenvolvedor da MeSalva! é formado em engenharia elétrica.
Começou na companhia como prestador de serviços, mas entrou de vez para o quadro de funcionários ao desenvolver uma plataforma de tecnologia educacional que já impactou mais de 20 milhões de estudantes com um único objetivo: democratizar o acesso à educação de qualidade, oferecendo experiências de aprendizagem personalizadas que vão desde videoaulas até análises em tempo real.
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3. Isaac Batista – Desenvolvedor Full Stack na Trybe
Isaac trabalhou como Desenvolvedor Web quando era recém-formado em licenciatura em informática até ser convidado a se tornar instrutor na escola de programação Trybe.
Se destacou no mercado mesmo sendo considerado novato após o sucesso de sua imersão no modelo da startup em que os alunos só pagam as aulas quando conseguem um emprego.
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4. Janine Rodrigues – CEO do Instituto Piraporiando
Janine é formada em gestão socioambiental, mas se desenvolveu como educadora até fundar a editora e produtora cultural Piraporiando, com foco na educação para a diversidade.
Ela se tornou umas das protagonistas dessa frente e passou a ganhar diversos reconhecimentos. Entre os destaques, teve sua empresa considerada uma das edtechs de maior impacto no eixo do ensino antirracista.
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5. Larissa Lopes – Analista de Implantação na Escola em Movimento
Formada em engenharia da comunicação, Larissa sempre teve afinidade com tecnologia.
Começou sua jornada resolvendo problemas na área da informática, até entrar para o time do aplicativo Escola em Movimento, onde atua na implantação de sistemas que atendam às necessidades de usuários por meio da automação e de técnicas ágeis. Assim, ela contribuiu para que as instituições de ensino pudessem se comunicar melhor com suas equipes, estudantes, pais e responsáveis.
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6. Lucas Dantas de Souza – Gerente de Produtos Sênior da Sanar
O executivo é formado em jornalismo e acumulou uma série de experiências profissionais até se encontrar no marketing digital. Entre 2014 e 2016, foi Sócio-Diretor de Marketing Digital do Clicou Partiu, um aplicativo que conquistou milhares de instalações na App Store e Play Store, com mais de 30 mil usuários/mês.
Na edtech Sanar, ele usa suas habilidades para desenvolver produtos que ajudam a criar uma comunicação mais assertiva entre estudantes de medicina e médicos, democratizando, assim, o acesso à informação de qualidade, de maneira descomplicada e acessível.
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Thâmillys Marques de Oliveira – educadora tech da Mundo4D
Thâmillys dá aulas de tecnologia com o objetivo de disseminar a Educação 5.0 nas salas de aula de todo o Brasil.
Ela se especializou em temas em alta no mercado de trabalho, como gamificação, robótica e internet das coisas (IoT), sempre com foco no ensino. Além de lecionar, também procura caminhos para o fomento à inovação tecnológica na educação e à ampliação do acesso à tecnologia.
Por que o eixo educacional está em estado de alerta?
Os dados não são bons – o Brasil é o país com o pior nível de educação do mundo entre as 63 nações pesquisadas no estudo Anuário de Competitividade Mundial.
A pasta da Educação, considerada uma das mais estratégicas para o desenvolvimento do país, passou por uma baixa significativa. Só no âmbito público, os investimentos diminuíram 56% em quatro anos.
Em contrapartida, a iniciativa privada vem fortalecendo o setor ao promover o empreendedorismo na área, o aumento das edtechs, além da implementação do ensino digital gratuito para as regiões que mais precisam – caso da Fundação Telefônica Vivo, que apoia secretarias de educação na ampliação de políticas e programas de adoção qualificada de tecnologia para o desenvolvimento de competências digitais de educadores e estudantes das escolas públicas.
Mas a batalha só está começando e requer esforços conjuntos de toda a sociedade em um momento pós-pandêmico ainda bastante frágil se falarmos de uma tragédia silenciosa: a evasão escolar no ensino médio, que já atinge meio milhão de jovens, de maioria negra, de acordo com o último levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A importância da educação para as comunidades negras do Brasil
A relação entre educação e justiça social no Brasil é profunda e complexa, com a educação desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento econômico e na promoção da igualdade. Daí a importância dos profissionais reconhecidos pela Forbes, uma vez que o país tem dívidas históricas com crianças, homens e mulheres negras de todo o país.
Tudo porque, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea até encerrou o escravagismo, mas impôs novos desafios às populações de africanos e seus descendentes: o combate ao preconceito e à desigualdade, já que a abolição não foi acompanhada de políticas públicas de inclusão ou reparação.
Por isso o acesso ao ensino e à permanência desses grupos nas escolas passam a ser fatores determinantes em vários aspectos:
Empoderamento: dá recursos para que as pessoas tenham a oportunidade de adquirir conhecimentos, habilidades e competências que lhes permitam participar de forma mais ativa e consciente na sociedade. Isso inclui o direito de votar, de se candidatar a cargos públicos e de influenciar decisões que afetam diretamente suas vidas.
Redução das desigualdades: é um meio necessário para o combate às disparidades de classe a que foram submetidas, proporcionando igualdade de oportunidades e inclusão social.
Combate ao racismo e à discriminação: é um caminho poderoso para combater o racismo e promover a tolerância e o respeito à diversidade. De cara, ainda pode ajudar a desconstruir estereótipos e preconceitos, promovendo a compreensão e a empatia entre diferentes grupos étnicos.
Desenvolvimento econômico: abre portas para oportunidades de emprego e empreendedorismo, permitindo que as pessoas melhorem suas condições de vida e contribuam para o crescimento econômico do país.
Preservação da cultura e da identidade: permite às comunidades negras preservar e valorizar sua cultura, história e tradições. Isso é importante para fortalecer a identidade das pessoas e promover um senso de pertencimento.
Transformação da sociedade: a educação é uma das principais ferramentas para a transformação social e o avanço em direção a um Brasil mais justo e inclusivo, porque capacita as pessoas a se tornarem agentes da mudança, capazes de lutar pelas pautas de interesse de suas comunidades.
Todos os eixos acima são o combustível para que as sete mentes brilhantes trabalhem dia após dia no desenvolvimento de soluções inovadoras com impactos diretos na educação do país.
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Nessa pequena amostragem das personalidades negras que vêm fazendo barulho no mundo da inovação a fim de facilitar e modernizar o acesso ao ensino, conte para a gente nos comentários: qual pessoa negra você gostaria de ver nessa lista?