Blockchain pode ajudar a verificar a procedência de alimentos

16 de maio de 2018

Sistema de registros que garante a segurança das operações de bitcoins, o Blockchain começa a ser utilizado experimentalmente para outras aplicações.

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A rede de supermercados Carrefour foi a primeira a realizar no Brasil um teste com a tecnologia para o rastreamento dos alimentos comercializados em suas lojas.

O objetivo é dar mais transparência e proteção ao consumidor, que pode consultar informações como procedência e validade usando seu celular para escanear o código QR nos rótulos.

Mas até chegar a esta etapa final, é preciso mapear e conectar todos os envolvidos em cada fase produtiva, logística e comercial. O item selecionado para o projeto piloto foi um lombo suíno, artigo bastante sensível às condições de transporte e conservação.

O rastreamento teve início na fábrica, onde foram coletados dados como data do abate, do corte, funcionários responsáveis pelo manuseio e temperatura de armazenamento.

Em seguida, foram registradas a forma de envio, percurso, chegada e descarregamento no centro de distribuição para posterior entrega na loja, onde os clientes tiveram a oportunidade de acessar todo este histórico no momento de escolher o produto.

Como o blockchain no rastreamento de alimentos pode evitar fraudes

O uso da tecnologia para rastrear alimentos poderia ter, por exemplo, impedido as fraudes realizadas por frigoríficos detectadas pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca.

Na ocasião, se apurou que as empresas alteravam datas de validade e “maquiavam” quimicamente os produtos para parecerem frescos, colocando em risco a saúde dos consumidores. Isso seria impossível de ocultar.

Com o compartilhamento da base de dados, todos os participantes da cadeia têm a mesma visão de tudo e não é possível alterar um dado ali registrado, apenas acrescentar itens.

Os processos podem ser acompanhados em tempo real e as transações só são efetivadas se todos aprovarem. O conteúdo é criptografado.

A segurança oferecida pelo Blockchain reside em sua estrutura avançada e inteligente. As informações são armazenadas em blocos de dados e cada bloco contém uma espécie de assinatura digital.

Para invadir essa rede, um hacker teria que quebrar a criptografia de bloco por bloco que, para completar, são distribuídos por vários servidores na internet, dificultando o acesso. Qualquer alteração em um deles é identificada pelos demais.

Na França, o Carrefour já utiliza o Blockchain na comercialização de uma linha de aves em suas unidades, mas planeja expandir o recurso para mais oito diferentes categorias de produtos.

O teste brasileiro visa avaliar a adoção da tecnologia também por aqui, analisando a viabilidade e o impacto financeiro, uma vez que, para ser efetiva, todos os fornecedores teriam que aderir.

Fonte: Dialogando - Blockchain pode ajudar a verificar a procedência de alimentos Dialogando

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