Hard wallet: o que é e como protegê-lo?

22 de agosto de 2023

Há um tempo trouxemos um cara superhabilitado para nos ajudar a entender como investir com segurança no universo das moedas digitais – o Valter Rebêlo, do time de criptomoedas da Empiricus, economista que deu um show em nosso podcast!

E, nos bastidores das notícias sobre as criptos, já tem muita gente vislumbrando entrar para o time dos próximos milionários ou milionárias especialmente agora, que Vinícius Bazan, famoso analista que previu a alta do Bitcoin em 2017, conseguiu decolar 16 das 16 criptomoedas de sua carteira, já em 2023, com um detalhe: muitas delas subiram mais de 100% nos primeiros dias de janeiro deste ano.

Dê uma olhada nos números que ele revelou para seus seguidores:

Fonte: coinmarketcap / Data: 01/01/2023 até 18/01/2023.

Quem topa riscos, claro, sabe que as moedas digitais podem representar ganhos muito maiores que as clássicas aplicações vinculadas aos bancos tradicionais para os perfis conservadores – a exemplo do CDB, que hoje, com o retorno de 100% de CDI, rende cerca de 12,83% ao ano, considerando a Selic a 13,75% ao ano.

Mas a investida digital de trabalhar para fazer crescer o dinheiro precisa se cercar de segurança. Afinal, falamos da era dos ataques cibernéticos, que desafiam pessoas físicas e jurídicas a cada segundo.

Se você nos acompanha, sabe que somos ávidos por trazer caminhos que possam te proteger no espetacular mundo on-line. Por isso, assim que descobrimos e testamos a hard wallet, viemos contar mais para você.

Entenda!

Hard wallet – o que é e para que serve?

Hard wallet é um tipo de carteira de criptomoedas no formato de dispositivo eletrônico, sem conexão com a internet. A inovação já é considerada uma das opções mais seguras de carteira fria do mercado – aquelas não conectadas.

Mas qual a diferença entre as conectadas e as não conectadas?

A segurança! Ainda que muitos investidores utilizem as carteiras virtuais, justamente por serem carteiras on-line elas aumentam os riscos de ataques hackers. Nas não conectadas, além do registro de transações na blockchain, os ativos podem contar com o mecanismo de armazenamento off-line, reduzindo os riscos de ataques.

Perceba, na foto abaixo, que falamos de um dispositivo físico eletrônico muito semelhante a um pendrive, que, quando conectado ao computador, pode realizar a transferência de fundos ao usuário habilitar sua configuração e armazenar suas chaves privadas e criptografadas, códigos que se tornam exclusivos daquele equipamento.

#PraTodosVerem: fotografia colorida de dois hard wallets, dispositivo físico semelhante a um pendrive. Reprodução: Ledger.com.

Está achando meio maluca a ideia de um dispositivo físico abrigar um ativo digital, já que fisicamente não é possível guardar as criptos?

Então, imagine que a principal característica da hard wallet é a possibilidade de administrar os ativos sem estar conectado à web – isso porque ela viabiliza a transferência para o equipamento e, em seguida, permite a desconexão para armazenamento em outro local.

Hard wallet: como usar?

Os titulares dessas carteiras só poderão acessar e fazer transferências de suas criptomoedas com as duas chaves de acesso. Daí a importância de nunca mantê-las nos ambientes virtuais, pois elas perderiam seu maior propósito: proteger o equipamento de ataques ou o vazamento de informações. Nesse cenário, prefira guardar as cifras de sua carteira, de preferência, por escrito, como aconselhável com qualquer senha pessoal.

Sabe aquela gaveta que, muito provavelmente, só você vai mexer, ou aquela anotação no post it grudado embaixo da cama? Podem ser bons caminhos para resguardar seus códigos.

A inovação peca um pouco na usabilidade, especialmente porque a pequena tela acoplada ao dispositivo será o guia de controle de seus usuários – por ser pequenininha, o ideal é conectar a ferramenta a um computador ou celular, para facilitar o manejo de suas funções.

De resto, seu uso prático é muito similar ao do pendrive: seus usuários podem realizar o download dos ativos na carteira, concluir o processo ao inserir suas senhas e, em seguida, remover o dispositivo da internet.

Não esqueça, claro, de guardar o aparelho em um lugar seguro, mas lembre-se que, mesmo em situação de perda ou furto, seu coração poderá ficar mais tranquilo, já que o acesso ocorre apenas com as chaves privadas configuradas na hard wallet.

Hard wallet : vantagens e desvantagens

Ainda que o dispositivo traga muita praticidade para o transporte e colabore para evitar ataques, proporcionando maior segurança, há alguns pontos de atenção, a depender da relação do usuário com o universo das moedas digitais.

Quem movimenta esses ativos diariamente – prática chamada de day trade – pode achar a inovação pouco prática, afinal, terá que conectar o aparelho e informar as chaves todas as vezes para liberar as criptos, transferindo-as para a conta de negociação e, em seguida, voltando os arquivos para o dispositivo.

Nesse caso, e com a alta volatilidade do mercado, a falta de total disponibilidade dos arquivos pode representar um impasse. Sem contar que é necessário fazer vários backups das criptomoedas, a fim de garantir que a versão mais atualizada esteja disponível.

Por isso, avalie esse ponto se estiver pensando em investir na sua hard wallet, já que os valores desses dispositivos ainda são impopulares – atualmente, variam entre R$ 700,00 e R$ 1.900,00.

Como proteger minha hard wallet?

Vamos às dicas!

  • Dê preferência a nomes conceituados do mercado, com certificação. Os equipamentos desenvolvidos pela Trezor e a Ledger, por exemplo, são muito bem avaliados e, segundo seus usuários, oferecem um bom suporte.
  • Jamais conecte o dispositivo em redes públicas como wi-fi aberto ou de estabelecimentos. Isso vale, aliás, para qualquer dispositivo eletrônico. É sempre melhor evitá-los, porque essas redes estão mais suscetíveis a ataques hackers e suas informações podem ficar conectadas no servidor, abrindo brechas para que pessoas mal-intencionadas e com conhecimento em tecnologia consigam rastrear suas chaves.
  • Acima já falamos, mas, vale repetir: não deixe seus códigos de acesso dando bobeira na internet. Eles jamais devem ser salvos nas redes, e sim guardados em algum papel físico que apenas você consiga acessar.

Já tem sua carteira fria? Está curtindo a experiência ou não?

Conte para a gente nos comentários!

Fonte: Dialogando - Hard wallet: o que é e como protegê-lo? Dialogando

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