É importante ficar de olho nos termos de uso!

10 de outubro de 2018

Todo serviço contratado pela internet ou aplicativo baixado no celular traz um termo de uso ou contrato a ser aceito. A grande quantidade desses contratos faz com que muita gente acabe aprovando as condições apresentadas sem ler – o que pode resultar no compartilhamento indesejado de dados de navegação.

“Ninguém tem cérebro para ler todos os contratos”, afirmou Martha Gabriel, especialista em assuntos digitais, durante o lançamento do Manifesto por Um Novo Pacto Digital, documento elaborado pela Telefônica com propostas ao Governo. A sociedade é o foco central, visando lidar com as transformações sociais e econômicas geradas pela digitalização das atividades humanas no século 21.

De acordo com Martha, já existem ferramentas que ajudam os usuários a lidar com o grande volume de contratos e termos de uso nas redes. “Hoje, as próprias tecnologias de Inteligência Artificial podem nos auxiliar. Já há serviços que analisam os pontos principais de um contrato e dizem para você qual é o conteúdo”, explicou. Martha Gabriel aposta que, nos próximos anos, deve começar a surgir uma variedade de startups especializadas na análise de termos de uso.

Para Christian Gebara, Chief Operating Officer da Telefônica Brasil, é preciso dar opções mais claras aos clientes, não apenas para facilitar, mas também para melhorar a compreensão do que está sendo oferecido e quais as condições. Essa busca por transparência vale para a aquisição de produtos e serviços e também para o compartilhamento de dados pessoais em ações de relacionamento com o cliente.

“O opt-in tem que ser muito claro. Se você começa a ler tudo com muito detalhe, você começa a questionar. Estamos abrindo opt-in com diferentes naturezas – uma vez que, eventualmente, parte das condições interessa ao usuário, parte não”, defendeu. Gebara esclareceu que os opt-ins não integram o corpo principal do contrato, de modo a evitar confusões.

Martha Gabriel ressaltou que merecem cuidado os serviços que funcionam como autenticadores para outras aplicações, já que a gama de informações pessoais de que ele vai dispor é muito grande. “Nesses casos, eu sempre leio os contratos integralmente”, afirmou.

Os piores casos, segundo ela, são os aplicativos caça-dados, que oferecem uma funcionalidade curiosa para, na verdade, obter informações. “Tem muito aplicativo fofinho que oferece um teste do tipo ‘Descubra qual é seu tipo de personalidade’ e que, na verdade, está requisitando acesso a suas informações. Eu nunca aceito, já que não sei para que finalidade elas serão destinadas”, completou. Ou seja, se as razões pelas quais um serviço está pedindo informações ao usuário são obscuras, é sempre preferível declinar.

Fonte: Dialogando - É importante ficar de olho nos termos de uso! Dialogando

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