Assédio e crimes na internet: o lado sombrio dos apps de relacionamento

As relações nos aplicativos de relacionamento, infelizmente, vêm extrapolando o entretenimento saudável – quando não viram caso de polícia, amargam em registros subnotificados que assombram a segurança física e emocional de muitas vítimas, a enorme maioria meninas e mulheres de 14 a 35 anos, segundo o Observatório Brasileiro de Violência On-line, da Universidade de Brasília.

Um caso recente chamou a atenção de todo o país: este mês, uma jovem carioca de 12 anos foi parar na periferia de São Luís do Maranhão, após ser sequestrada e mantida em cativeiro por um homem de 25 anos.

O sequestrador, agora preso, foi até o Rio de Janeiro e levou a vítima de Uber para seu estado, em uma viagem que lhe custou mais de R$ 4.000,00. Para a polícia, ele confessou que a conheceu em um aplicativo de vídeos quando ela tinha 10 anos e que, desde então, trocavam mensagens.

O drama durou 10 dias e a maneira de “encantar” a garota foi via “mimos”: o sequestrador a presenteou com um celular sofisticado, para deslumbrá-la, e aproveitou para espelhar o aparelho ao dele, para ver com quem e o que ela falava.

Por sorte, a polícia conseguiu rastrear o dispositivo e, após o resgate,  a menina foi encaminhada para a Casa da Mulher Brasileira, onde passou por exames para determinar se houve relação sexual. Além de sequestro e cárcere privado, o pedófilo está preso por estupro de vulnerável, já que confessou ter beijado a vítima.

O caso está longe de ser considerado com um “um final feliz”, afinal, não se sabe ainda as consequências físicas e emocionais na menor. Mas como identificar o que é assédio na web? E o que fazer se isso acontecer? Como esse tipo de crime se dá com adultos e os 60+ e o que pais e responsáveis devem fazer para orientar melhor seus filhos para o mundo dos aplicativos de relacionamento?

Para responder a essas e outras perguntas, o nosso podcast contou com uma participação de PESO.

A convidada da vez

Falamos de Elaine Zordan Keller, economista, advogada, mestra em direito pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino), especialista em ESG pela Universidade Sorbonne de Paris, mas, antes de tudo, uma mulher que leva o termo “sororidade” às últimas consequências.

Mais que necessária nas pautas dos Direitos Humanos, Elaine vem enfocando sua atuação na proteção das mulheres, já que também é vice-presidente da ONG Marias da Internet – entidade que há 10 anos se dedica à orientação jurídica, psicológica e de perícia digital às vítimas de disseminação indevida de material íntimo.

Sua atuação também se soma a dois eixos que nos interessam muito: o direito digital e os direitos do consumidor.

Apenas dê o play e aprenda com quem entende de assédio e crimes virtuais na internet, de trás para a frente.

Fonte: Dialogando - Assédio e crimes na internet: o lado sombrio dos apps de relacionamento Dialogando

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