Dicas de segurança sobre encontros on-line

31 de março de 2016

Fazer amizades na Internet se tornou comum por meio das redes sociais, e, muitas vezes, adicionamos pessoas que não conhecemos fora da web. Aí surge a pergunta: como proteger crianças e adolescentes de pessoas mal intencionadas?

Segundo a coordenadora psicossocial da SaferNet, Juliana Cunha, são abordagens diferentes para crianças e adolescentes. “No caso das crianças, a dica mais importante é só adicionar pessoas conhecidas, como família e amigos da escola. Não adicione quem você não conhece”, sugere ela. Juliana lembra que é importante prestar atenção que a maior parte das redes sociais não permite o acesso de menores de 13 anos. “Antes de usarem, é preciso que as crianças peçam autorização aos pais. A partir daí pode haver um um acordo para o uso, em que os pais criem e administrem uma conta, por exemplo. O importante é que haja alguma forma de supervisão”, diz ela.

Já no caso dos adolescentes a coisa muda um pouco de figura. “Os adolescentes normalmente tem maior capacidade de autonomia”, diz Juliana. Segundo ela, essa autonomia deve ser estimulada pelos pais, mas com o estabelecimento de algumas regras.

“Os adolescentes usam as redes sociais para fazer novos amigos e conhecer novas pessoas. Mas, antes de adicionar alguém, eles devem buscar pistas para descobrir se a pessoa é um fake ou não”, diz Juliana, se referindo aos perfis falsos que se espalham pelas redes sociais. Para isso, cabem algumas dicas: verificar se a pessoa tem amigos em comum com você; se a pessoa publica fotos em seu perfil que possam identificá-la; se ela aparece marcada em fotos dos outros; se outras pessoas interagem com ela; se faz comentários nas postagens de outras pessoas. “Ou seja, é verificar se essa pessoa tem uma vida na rede social”, afirma.

Porém, na opinião de Juliana, esta é uma questão que merece ser desmistificada. “Os adolescentes em geral fazem novos amigos em ambientes digitais, mas é preciso aprender a discernir um perfil real de um fake. Não é raro conhecer alguém na rede e marcar um encontro presencial, e existem pesquisas que revelam que esse hábito, na maior parte das vezes, não causa nenhuma forma de dano”, explica ela.

A pesquisa TIC Kids Online 2014, realizada pelo Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) é um exemplo. Ela mostra que a grande maioria dos adolescentes que marcaram encontros pela Internet não se sentiu posteriormente incomodados ou constrangidos (confira os dados da pesquisa aqui , aqui e aqui).

“O importante é tomar alguns cuidados antes de marcar um encontro presencial: buscar o máximo de informações sobre a pessoa; sempre marcar o encontro em lugares públicos; tentar falar com a pessoa por outros meios antes de encontrá-la; ir ao encontro acompanhado de outras pessoas e não fornecer dados pessoais”, diz Juliana.

Fonte: Dialogando - Dicas de segurança sobre encontros on-line Dialogando

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