Open Finance: as perspectivas do mercado livre das oportunidades

26 de janeiro de 2023

Nunca antes na história do nosso país o setor financeiro viu seus olhos brilharem tanto pela palavra concorrência. Ao mesmo tempo em que nem o consumidor pôde imaginar (e a esmagadora maioria nem faz ideia ainda!) que o novo cenário competitivo, recentemente iniciado com o Open Finance, seria capaz de dar tanto poder e conveniência.

De um lado, estão as instituições financeiras já autorizadas pelo Banco Central (BC) a manipularem dados com as máximas medidas de segurança exigidas pela Lei de Sigilo Bancário e pela Lei Geral de Proteção de Dados. Bancos tradicionais já integram o sistema e algumas fintechs ainda estão se adequando aos protocolos para fazer parte do novo ecossistema.

No centro, está o consumidor. Um universo de 7,5 milhões de pessoas já seduzidas pelo Open Finance em menos de um ano de operações no Brasil, segundo Roberto Campos Neto, presidente do BC.

Falamos do total de usuários ativos que consentiram com o compartilhamento de dados para a troca de informações sobre produtos, serviços de previdência, seguros e outros com as instituições que escolheram, pelo prazo que determinaram, por entenderem que o compartilhamento pode trazer benefícios para suas próprias vidas.

O número entregue pelo executivo é 34% maior que as projeções para o ano passado, que,  tinha como estimativa alcançar até 5 milhões de pessoas.

Mas afinal, o que é Open Finance?

Pense que a novidade vem como uma evolução do Open Banking, já que o sistema permite com que o usuário autorize compartilhar dados com as instituições financeiras de sua escolha para receber ofertas de produtos e serviços, sem nem ter conta aberta com um banco, além daquele em que já é correntista.

Na prática, é um modelo de finanças aberto, como diz o próprio nome, e funciona como um grande shopping center financeiro em que o cliente visualiza e recebe ofertas de várias marcas, em um único lugar, com produtos personalizados e mais atraentes para seu perfil.

Mais abaixo a gente te ensina a entrar para esse  ambiente saudável de competição que começa a exigir que as financeiras trabalhem taxas menores para a clientela.

Open Finance e o acesso ao crédito

#PraTodosVerem: imagem colorida da tela de um laptop que mostra uma mão segurando um cartão de crédito, com um efeito, saindo de dentro do laptop.

Ainda na esteira dos números, o levantamento do segundo relatório semestral do Open Finance Brasil, publicado em agosto de 2022, traz um dado que não nos surpreende, mas nos faz comemorar o início da revolução do acesso ao crédito no país e a consequente democratização do acesso ao dinheiro.

Já nos primeiros seis meses de operação, as APIs (tecnologia que proporciona o funcionamento integrado do sistema) referentes a contas e a cartões de crédito foram as mais usadas pelos participantes – ao todo, registrou-se quase 1,9 bilhão de chamadas de APIs dessas categorias de produtos, o equivalente a 69% do volume total.

Entender por que as pessoas querem crédito passa pela própria formação histórica desse mercado, que, até pouco tempo, era concentrado em duas grandes empresas com redes de agências e relacionamentos, mas muitas barreiras de entrada.

Agora, temos seis, sete delas, realidade que se tornou possível justamente pela quantidade de players estabelecidos nas fintechs, que levaram novas alternativas de serviços para clientes de camadas sociais diversas, e pela concorrência saudável responsável por estabelecer o Open Banking e sua própria evolução: o Open Finance.

Para além da inclusão

#PraTodosVerem: imagem colorida mostra um smartphone segurado pela mão de uma pessoa que lê a análise do mercado financeiro de ações.

A inclusão bancária e o acesso ao crédito são, na verdade, só um eixo importante dessa abertura necessária para a construção de um país com mais oportunidades a todos e todas. Falamos da total quebra da velha lógica de que “o sistema financeiro é conveniente apenas para ele mesmo”.

A personalização do atendimento ao cliente sobe ao nível da hiperpersonalização, com recursos, que unem tecnologias de dados, análise e automação, que a transformação digital colocou à disposição do mercado.

Quando o consumidor compartilha seus dados com outras instituições, elas podem oferecer melhores experiências com a entrega de produtos de acordo com o perfil do cliente, com preços e taxas mais interessantes, sem nunca ter se relacionado com ele. Também entram aqui as pessoas jurídicas, que ainda vivem em constante enfrentamento do acesso ao crédito e são de vital importância para a manutenção do emprego e da economia do Brasil.

Open Finance em 2023

#PraTodosVerem: fotografia colorida de uma mulher sentada no sofá de um grande galpão. Ela usa um suéter amarelo e aparece sorrindo, olhando para o tablet em suas mãos.

Alguns cuidados

Consinta o compartilhamento de seus dados apenas se:

☑️ Você conhecer a instituição que os receberá

☑️ Se estiver de fato ciente sobre as informações que está compartilhando

Você pode desfazer o compartilhamento a qualquer momento, de forma imediata. Basta retirar o consentimento no mesmo canal em que ele foi concedido.

Fonte: Dialogando - Open Finance: as perspectivas do mercado livre das oportunidades Dialogando

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