Salas imersivas: a realidade virtual na educação engajadora

9 de maio de 2023

Imagine ensinar Biologia para os alunos, imersos em uma floresta fechada, sem precisar sair da sala de aula?

Ou introduzir a turma em História da Arte, de dentro do Museu do Louvre, sem nem ter pego um avião para a França com os estudantes?

Nós mesmos já te levamos para lá há alguns meses, no post que você confere neste link.

Mas agora, a gente quer te habilitar a viver experiências ainda mais próximas, possíveis para além dos 360º com muita aplicação de Realidade Virtual: uma das maiores apostas da educação da próxima década.

#PraTodosVerem: fotografia colorida de uma garota sentada em uma sala de aula, usando óculos de realidade virtual. Ela segura o aparelho com as duas mãos e veste um suéter azul.

As chamadas soluções de Realidade Virtual são umas das tendências educacionais que deverão se firmar para crianças e adolescentes. Além de promoverem vivências que não seriam possíveis sem a tecnologia, elas tornam algumas atividades bem mais dinâmicas e interessantes.

No Brasil, a realidade virtual, por exemplo, aos poucos vem se difundindo no sistema de ensino. Iniciativas recentes como o Google Expeditions já chegaram a mais de 100 escolas no país, entre públicas e privadas.

O produto educacional da companhia gigante proporciona excursões virtuais em qualquer lugar, fazendo uso do Google Cardboard. Seu menu de passeios virtuais conta com mais de 500 expedições onde o professor assume o papel de guia e os alunos, exploradores.

A brasileira Beenoculus, startup do setor educacional, já transforma celulares em óculos de realidade virtual capazes de transformar processos convencionais em atividades imersivas memoráveis e engajadoras.

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra um grupo de crianças em uma sala de aula, usando óculos de realidade virtual, adaptados, já que são feitos com materiais reciclados em uma pequena caixa de papelão que permite inserir o celular à frente. As crianças estão tendo uma experiência imersiva durante a aula. Reprodução: Ideias.

Realidade virtual: benefícios e desafios da educação imersiva

Certo. Tudo isso, até pouco tempo, parecia só coisa de cinema; mas você já parou para pensar nos benefícios, desafios e pontos de alerta da educação imersiva no processo de aprendizagem?

A gente te conta já!

1. Planejamento pedagógico: o primeiro passo para utilizar ferramentas como os óculos de realidade virtual é alinhá-las ao projeto de ensino para que seu uso não seja meramente recreativo. A premissa básica é utilizar a tecnologia para a criação ou o compartilhamento de conhecimento, não para o consumo de conteúdo.

2. Interdisciplinaridade: dentro da realidade virtual é possível propor atividades interdisciplinares, explorar conhecimentos de Geografia, História, Matemática e Ciências dentro de um mesmo espaço, mas isso vai depender dos desafios propostos pelos professores.

3. Metodologia ativa: assim como os games, a aprendizagem por projetos e o design thinking, a realidade virtual é considerada uma metodologia ativa de ensino. Se bem utilizada, pode estimular o protagonismo e a formação crítica do estudante.

4. Formação do professor: mesmo que estimulem a autonomia, as tecnologias seguem demandando a intermediação do professor. Por isso é importante o planejamento do docente para fazer uso do recurso.

5. Intermediário: diante de tantas novas tecnologias, surgiu a figura do educador de tecnologia educacional, que “traduz” esse mundo para os demais docentes. O profissional estuda o que mais se adequa aos projetos em cada componente curricular e ajuda os professores nesse desenho. A boa aplicação da inovação vai requerer, especialmente no início, o suporte desse profissional.

6. Poder da experiência: embora permita ir além das limitações físicas, a realidade virtual não deve se sobrepor às experiências de verdade. Segundo especialistas, é necessário maior cuidado, especialmente com alunos pequenos, para não antecipar virtualmente as experiências reais que eles não ainda não tiveram e que são também importantes para seu desenvolvimento.

7. Impactos: estudiosos chamam a atenção para a falta de estudos conclusivos sobre os efeitos da realidade virtual na educação. Um dos aspectos levantados é o risco de o recurso perder o efeito sobre a atenção dos alunos com o tempo porque o uso em excesso pode se tornar tedioso ou exaustivo, o que também pode acontecer com estratégias diferenciadas, como os games.

8. Saúde: a maioria dos fabricantes de óculos de realidade virtual não recomenda a imersão prolongada. A indicação média é de 10 minutos de pausa a cada 30 minutos de utilização. Estudantes com problemas cardíacos, doenças de visão ou transtornos psiquiátricos precisam consultar um médico antes.

9. Custos: embora existam óculos de custo relativamente baixo – é possível comprar um Google Cardboard por até R$ 52 na internet –, a necessidade do celular e outros componentes dificulta a chegada da realidade virtual à rede pública. A isso se soma a falta de políticas de formação na área. Agora, integrar a realidade virtual à prática da sala de aula pode não acontecer mesmo com recursos disponíveis, pois a oferta de programas ou cursos ainda é tímida.

#PraTodosVerem: fotografia colorida de uma garota usando óculos de realidade virtual. Ela segura o equipamento com as duas mãos e sorri do que está vendo na experiência. Ela usa uma camisa branca e leva uma mochila rosa nas costas.

Modelo de sala de aula híbrida

Se a Realidade Virtual ainda é muito distante da própria realidade financeira da sua escola e você busca profissionalizar o ensino híbrido, já há um caminho possível em fase de testes, desenvolvido pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).

Você precisará de um arsenal de equipamentos que, a princípio, parecerá um bicho de sete cabeças, mas com o tempo, vai tirar de letra.

Serão necessários:

. PC ou notebook;

. Câmera IP e TVs (para o espaço físico que receberá os estudantes presenciais);

. Microfone de lapela;

. Mesa digitalizadora;

. Projetor;

. Laserpointer;

. Stream deck (dispositivo que organiza o acesso a várias funcionalidades diferentes em um único conjunto de atalhos, ajustando as configurações da live sem interromper a comunicação com o público).

Já conferiu se está com tudo na mão? Então agora é só seguir o esquema que os desenvolvedores desenharam. Neste link aqui!

Quero me profissionalizar. Mas como?

O ProFuturo, programa global de educação da Fundação Telefônica Vivo, incentiva a formação a distância e o compartilhamento de conhecimento entre educadores por meio da plataforma Escolas Conectadas – projeto que oferece cursos on-line de formação continuada, totalmente gratuitos, para professores da educação básica.

O projeto, iniciado em 2015, tem como objetivo promover a inserção dos educadores na cultura digital por meio da prática de metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras.

Confira aqui a lista de cursos e, bora adquirir as competências essenciais para o ensino do século XXI!

Fonte: Dialogando - Salas imersivas: a realidade virtual na educação engajadora Dialogando

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