Smartphone em sala de aula: uma questão que divide opiniões

16 de agosto de 2017

Presente de maneira extremamente significativa na vida de crianças, adolescentes e jovens, o smartphone já se tornou um item inseparável e companheiro em praticamente todas as atividades diárias, até na hora dos estudos.

O tema não é novo e o debate sobre o uso do smartphone no ambiente escolar tem gerado posicionamentos bastante divergentes.

Existem leis aprovadas em âmbito estadual e municipal proibindo o uso de celulares em sala de aula e, atualmente, um projeto de lei está em análise na Câmara dos Deputados PL 105/15 que prevê a proibição do uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como smartphone e tablets nas salas de aula.

Válido da Educação Básica à Superior de todo o país, com o objetivo de preservar a essência do espaço pedagógico.

Mas as discussões sobre o tema seguem caminhos diferentes. Enquanto alguns professores acreditam que os celulares podem tumultuar o comportamento em sala de aula, outros profissionais olham para questão de forma mais sensata e abrangente.

A jornalista espanhola Susana Pérez de Pablos é especializada em educação e acredita que no mundo atual, plenamente digitalizado, a entrada da tecnologia na educação não tem retorno.

“Liguem os telefones celulares”. Essa é a frase que inicia o texto de sua coluna para o jornal El País, que trata de sete motivos para usar o celular em sala de aula.

Para a coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes, ignorar o celular é algo impossível, pois ele se encontra presente em todos os lugares. Ela se declarou contra medidas que proíbem o uso do aparelho, principalmente porque a regra acaba sendo burlada. E defende a integração de tais inovações tecnológicas como ferramentas educativas.

Neste sentido, é essencial refletir sobre o papel do professor como intermediário do conhecimento e como ele pode ser treinado para incorporar os celulares e outros dispositivos de maneira inteligente e voltada para ampliar a aprendizagem.

Além disso, é preciso analisar a percepção desses mesmos alunos quanto à eficácia de tais instrumentos no processo educacional.

Uma pesquisa sobre educação e desenvolvimento, realizada pelo Cetic.br, departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br), que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet do Brasil (Cgi.br), mostrou qual é a proporção de alunos por percepção sobre possíveis impactos das tecnologias de informação e comunicação –  os resultados podem ser vistos aqui.

É cedo para afirmar que o giz e a lousa definitivamente ficaram para trás, porém, não podemos negar que todos os dias as pessoas se tornam digitais, incorporando diferentes formas de interação, pesquisa e busca por informação.

Fonte: Dialogando - Smartphone em sala de aula: uma questão que divide opiniões Dialogando

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