De geração em geração, o Dialogando já mostrou como 3 delas se relacionam com a tecnologia. E que jornada bacana foi essa série!
Descobrimos, juntos, que não há uma sequer fora da realidade do mundo digital.
A geração Z já nasceu com os celulares nas mãos. A geração Y pegou a transição entre o mundo analógico para o digital, e os Baby Boomers, quando jovens, nem tinham noção de que um dia o mundo seria digitalizado, mas hoje não vivem mais sem as delícias proporcionadas pelas plataformas digitais!
Agora, você imagina a geração Alpha, grupo que compreende as crianças nascidas entre 2010 e as que vão nascer até 2025?
Esse time vai viver com maior intensidade inovações como o metaverso, a inteligência artificial e os nanorobôs, por isso, na certa terão um raciocínio muito mais voltado para a lógica digital.
Geração alpha e tecnologia
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A relação da geração alpha com a tecnologia já começa no feto, na verdade. Com os exames de sexagem fetal que confirmam se ali mesmo, bem quentinhos, dentro da barriga, há uma menina ou um menino.
E na hora do parto a tecnologia também não costuma faltar. Seus nascimentos quase sempre são transmitidos ao vivo para parentes que moram longe. Tudo em um grande espetáculo em comemoração à vida.
Eles já encaram com naturalidade a rapidez do mundo contemporâneo e são ousados. Se você pensa que essa turma é antenada só em jogos eletrônicos, é hora de rever seus conceitos.
Muitos deles já usam as plataformas digitais em defesa de causas importantes para todo o planeta. Caso do Theo Correia, de 10 anos, o pequeno carioca que virou defensor da natureza aos 4, depois de se sensibilizar com as imagens de uma tartaruga marinha que engoliu plástico no oceano e precisou passar por reabilitação pelo Projeto Tamar.
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Resultado: ele usa as redes sociais para chamar a atenção das pessoas para a degradação do meio ambiente, e entra em ação também em campo. Sempre que necessário, recolhe lixo das praias e, com a ajuda da mãe, ainda engaja grupos de mais de 100 crianças em piqueniques para o plantio coletivo de árvores.
Parece bastante, mas o trabalho do Theo foi ainda mais longe. Na pandemia, resolveu estudar programação e montou um jogo, o Ciclovias Verdes. O objetivo é estimular ciclistas a recolherem o lixo encontrado em seus circuitos em troca de pontos. Agora, Theo corre atrás de um patrocínio para que esses pontos virtuais sejam convertidos em novas ações no mundo real, para o reflorestamento.
Fala sério, não é gente? É muito amor!
Geração alpha e os desafios da educação
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Por aqui, falamos constantemente da necessidade da aplicação acelerada da tecnologia no setor educacional, como pede a nova Base Nacional Comum Curricular. E não é à toa.
Seria errado dizer que as crianças da geração alpha são mais inteligentes que as das gerações anteriores, mas elas têm acesso a brinquedos e formas mais sofisticadas de entretenimento. Daí a importância de que estejam imersas em práticas pedagógicas mais avançadas, do contrário, lhes faltarão os estímulos necessários para que se engajem no ambiente escolar.
Professores e gestores terão que correr para atender às demandas de novos modelos de ensino que atendam às necessidades desse grupo que, como o Theo, quer ser protagonista da própria vida desde cedo.
A familiaridade com o mundo digital vai demandar métodos que incluam esses recursos na dinâmica do aprendizado, dentro e fora da sala de aula. Especialistas alertam, ainda, que será necessário olhar para a educação de forma mais personalizada, com a entrega de desafios que correspondam ao perfil e nível de conhecimento de cada um deles.
Esse contexto pede por ambientes mais horizontalizados no setor. O professor passa a ser um mediador do conhecimento, não apenas um mero transmissor de conteúdo, porque faz a ponte entre as lições práticas e aquelas relacionadas ao uso das novas tecnologias.
A nova dinâmica já é chamada de “cultura maker”, conceito da chamada Educação 4.0 que se relaciona com a cultura DIY (Do It Yourself, ou Faça Você Mesmo), só que baseada na tecnologia.
Curiosos por natureza
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Pensa em uma turma curiosa, que não tem medo de apertar um botão para entender o que é que vai dar, de jeito nenhum! É essa a geração alpha.
Habituados com smartphones e tablets, entendem sozinhos que baixar certo joguinho pode estar a um clique, e sabem que qualquer dúvida pode ser esclarecida com a ajuda do Google, inclusive aquelas relativas ao currículo escolar.
Tudo isso com uma agilidade impressionante, porque são muito intuitivos. Esta característica os torna mais independentes e contribui para que eles mesmos saibam como resolver os próprios problemas. Por isso, você já deve ter ouvido algo do tipo: “Nossa! As crianças de hoje já nascem sabendo tudo, parece!”, não é mesmo?
Essa capacidade de agir e a facilitação dos acessos digitais colaboram para o desenvolvimento cognitivo e para que aprendam tudo mais rápido, por isso eles sempre nos surpreendem.
Você se apaixonou por esse time, fale a verdade.
Então, imagine do que serão capazes de fazer lá na frente, e pense quanta inovação fantástica ainda está por vir!