Deixar um robô trabalhar no seu lugar pode ser bom

11 de abril de 2018

Estudo da consultoria McKinsey prevê que os robôs substituirão os humanos em 800 milhões de postos de trabalho até 2030. Outra análise do Banco Mundial estima que, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, dois terços da força de trabalho estará sujeita a ter suas funções automatizadas. Más notícias? Não necessariamente.

Proeminentes líderes de opinião da indústria tecnológica e do setor econômico acreditam que essa será uma grande oportunidade para alavancar o progresso, considerando que a Inteligência Artificial (IA) aumentará a produtividade e criará novas e mais estratégicas funções para o ser humano.

O trabalhador do futuro dedicará mais tempo a atividades que não podem ser realizadas pelas máquinas, como gerenciamento de pessoas, aplicação de conhecimentos e comunicação, pois tarefas rotineiras e previsíveis como coletar e analisar dados serão assimilada pela IA”, ressalta James Manyika, chairman do Mckinsey Global Institute.

“Isso exigirá do profissional mais habilidades sociais e emocionais, além de capacidades cognitivas como raciocínio lógico e criatividade”, diz. “Será preciso repensar os conceitos tradicionais sobre trabalho e estar preparado para atuar em sintonia com estes sistemas avançados que estarão em toda parte, mantendo uma mentalidade curiosa e a busca constante por mais aprendizados”, aponta.

O relatório da McKinsey identificou segmentos em que as vagas serão potencialmente maiores.

Algumas estão diretamente relacionadas ao avanço tecnológico, como o manejo de energias renováveis, infraestrutura, pesquisas científicas e serviços de tecnologia da informação.

Outras serão menos afetadas pela dificuldade de automatização, como jardineiros ou cuidadores de crianças e idosos – em 2030, mais de 300 milhões de pessoas terão mais de 65 anos, necessitando de serviços que podem significar mais 130 milhões de postos em aberto.

“A expansão da Inteligência Artificial significa que poderemos fazer mais com menos, e isso sempre teve impacto positivo na sociedade nas últimas centenas de anos”, declarou o visionário fundador da Microsoft, Bill Gates.

“Daqui para a frente, profissionais com formação em ciências, engenharia e economia serão sempre demandados, muitas carreiras no futuro envolverão estas áreas”, acredita o executivo.

“Não se trata de ser um especialista em código de programação ou tabelas periódicas, mas sim de ter a capacidade de pensar como um, poder entender o que é viável ou não fazer, são estas pessoas que atuarão como agentes de transformação em todas as organizações e instituições”.

O bilionário investidor Warren Buffet compartilha a mesma visão otimista de Gates. “A ideia de que gerar mais resultados per capita, impulsionado pelo progresso da tecnologia, é ameaçadora para a sociedade é totalmente maluca”, afirma. “Aumentar o potencial de desempenho de cada ser humano sempre será uma coisa boa”, finaliza.

Fonte: Dialogando - Deixar um robô trabalhar no seu lugar pode ser bom Dialogando

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