“Bem-vindo ao meu blog: sou uma pessoa determinada, que gosta de quase tudo e de bater papo sobre coisas divertidas ou difíceis, mas prefiro as divertidas”, diz a sueca Dagny Carlsson em seu site, voltado aos idosos.
Seria lugar-comum entre tantas outras iniciativas na internet não fosse por um detalhe: Dagny tem 105 anos. Seu blog já recebeu mais de 1,4 milhão de visitantes, deixando para trás muitos youtubers das gerações mais jovens.
Dagny é uma autêntica representante do envelhecimento ativo. O termo é usado pela Organização Mundial da Saúde para definir uma experiência de vida mais longa com bem-estar, interação e segurança. E mostra que ser idoso não é sinônimo de inatividade ou de estereótipos.
Redes sociais e a terceira idade
As redes sociais deram vazão ao anseio de quem quer viver a maturidade em sua plenitude. A tecnologia permitiu a aproximação entre as pessoas com a facilidade de comunicação com o celular, notebooks e tablets.
“O isolamento é um problema. É uma fase em que muitos já se aposentaram ou não têm um companheiro, mas continuam saudáveis. Querem aproveitar a vida”, diz Luci Gomes, de 57 anos.
A criadora do grupo fechado do Facebook Velha é a Vovozinha!, onde cerca de 4.600 mulheres acima de 40 anos debate sobre temas ligados à longevidade.
Luci conta que já participava de outro grupo, o Envelhecimento em Comunidade, quando teve a ideia de convidar pelo celular os integrantes do Rio de Janeiro, onde mora, para passeios presenciais.
Deu tão certo que já está sendo formada uma outra turma em São Paulo. “Descobri que, assim como eu, muitos sentiam a mesma necessidade de interagir, compartilhar os mesmos momentos de vida e socializar. No mundo virtual e no real”, conta.
“Desafio todos os idosos: sejam mais assertivos!”, convida a secular – e atuante – blogueira. “Sou incrivelmente velha, mas não me sinto velha e com certeza há muitas pessoas como eu”.
A internet e as redes sociais são ferramentas importantes para a inclusão da terceira idade ao mundo conectado!
Deixe uma resposta