O amor pode ser virtual?

21 de junho de 2017

Algumas pesquisas afirmam que, sim, o amor pode ser virtual. As novas tecnologias não só permitem que pessoas de lugares distantes se conheçam, mas que sustentem esses relacionamentos.

Fotos, áudios e conversas por vídeo em tempo real ajudam a acender e a manter a chama acesa. Existem até vários artigos sexuais que podem ser operados pelo parceiro remotamente, do outro lado do mundo, graças a aplicativos de celular.

“É mais fácil se apegar a uma visão idealizada da outra pessoa quando não se está com ela o tempo todo”, afirma a psiquiatra nova-iorquina Gail Saltz, autora de vários livros sobre relacionamentos. Segundo Gail, a distância pode funcionar como um estímulo à paixão, não o contrário. Existe, nesse caso, um esforço maior para investir na relação justamente porque ambos sabem que se não cultivarem o sentimento, ele vai morrer.

Um estudo divulgado este ano, conduzido pela professora de comunicação Crystal Jiang, da Universidade da Cidade, em Hong Kong, concluiu que os relacionamentos virtuais ficam nada a dever para os presenciais.

A pesquisa acompanhou 63 casais heterossexuais de 18 a 34 anos, nos Estados Unidos, e chegou a números equivalentes aos dos namoros presenciais. A média de duração da relação é a mesma – 22 meses – e os casais interagem um número pouco menor de horas por dia do que quem pode e até se vê todo dia. E, muito importante, se sentem mais íntimos do que aqueles que podem se tocar sempre.

E a traição?

A traição é de fato, segundo vários estudos, a maior preocupação e causa de ciúmes e brigas das pessoas em relações virtuais – bem mais comuns que as geograficamente próximas. De acordo com o Centro para o Estudo de Relacionamentos a Longa Distância, nos Estados Unidos, as traições entre casais virtuais não são mais frequentes – apesar da oportunidade ser aparentemente maior.

Segundo o instituto, o que determina a traição é a personalidade da pessoa e a qualidade do relacionamento, não a facilidade em trair. Em outras palavras, a traição é uma questão de sentimentos, caráter e amor.

E se você ainda precisa de um argumento para acreditar que existe amor virtual, conheça os americanos Joanna Champion e Tristan Cooper. Eles tinham apenas 14 anos quando se conheceram num game online, no ano 2000.

Ela morava em Rochester, no estado de Nova Iorque, de frente para o Atlântico. Ele vivia de frente para o Pacífico, em Silverton, no estado de Oregon. Estavam a uma distância de 4.500 quilômetros. Eram jovens demais para pegar um avião e se conhecerem. Só puderam se ver ao vivo nove anos depois. O namoro continuou à distância.

Em 2013, ele se mudou para Nova Iorque para ficarem mais próximos. Em 2015, ele a pediu em casamento. E este ano se casaram numa grande festa. “Eu me sinto como se estivesse me casando com a garota da casa ao lado”, disse o noivo ao jornal The New York Times. Você ainda duvida que o namoro à distância pode dar certo?

Fonte: Dialogando - O amor pode ser virtual? Dialogando

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário(s)

  • Já amei demais virtualmente mas viver sem tocar e nunca conhecer tem q um dia ter um futuro com essa pessoa e dizer: que quer vê-la pessoalmente e fazer de tudo pra dar certo.. mesmo com brigas.. continuar amando… é dificil achar alguém q vale a pena e fale pra vc “um dia vou te conhecer pessoalmente e te encher de beijos” e dizer que essa pessoa é seu futuro.

    1. Oi, Denis! Especialmente em tempos pandêmicos, o universo online vem colaborando muito para que a gente possa manter o afeto sem nos expor a grandes riscos. Nossas vidas afetivas, por sorte, não precisam parar por completo por conta do período, graças à tecnologia =]

Newsletter

Receba nossas notícias e fique por dentro de tudo ;)

Nós utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site. Se você continuar navegando, consideramos que está de acordo com a nossa Política de Privacidade.

Telefonica