Criatividade digital

5 de dezembro de 2016

A inteligência artificial tem se apresentado como uma solução para muitos pesquisadores – a capacidade dos computadores de armazenar e comparar dados é superior à humana, sem dúvida. Alguns projetos já estão sendo conduzidos com base nesse tipo de tecnologia para otimizar o tratamento de câncer, por exemplo. Mas é a criatividade na era digital?

A conversa muda de tom quando o assunto é o uso de inteligência artificial na arte. Um computador seria capaz de criar da mesma forma que humanos, criativos por natureza? A resposta categórica é sim. Deixando a questão da qualidade de lado por um momento, separamos alguns exemplos:

Música

Nesse campo as novidades são recentes. A primeira música completamente composta por inteligência artificial foi lançada no dia 19 de setembro deste ano!

Chamada Daddy’s Car, a canção se inspira no estilo dos Beatles e foi produzida por um software chamado Flow Machines. A inteligência artificial foi desenvolvida pelos cientistas do Sony CSL Research Laboratory.

E para quem curte rap brasileiro, o Spotify tem uma novidade interessante. A partir das letras e dos manuscritos deixados pelo rapper Sabotage, a plataforma de streaming em parceria com o grupo RZO produziu uma música inédita. A composição foi feita por meio de uma rede neural artificial, na voz da cantora Negra Li e da família Sabotage.

Quadros

Cerca de 29 obras foram recriadas dentro do projeto Deep Dream desenvolvido pela inteligência artificial do Google, como o quadro “A Noite Estrelada”, de Vincent van Gogh.

A reinterpretação foi criada a partir das imagens inseridas no programa, que consegue identificar padrões e até desenvolver obras originais a partir do que aprendeu.

Roteiro de filme

Sunspring” é o nome do primeiro curta metragem com o roteiro escrito por um robô, chamado Benjamin. O filme, que dura aproximadamente 9 minutos, tem um diálogo aparentemente confuso, um ar de mistério e supostamente se passa no futuro.

A obra é resultado do 48-Hour Film Challenge, que acontece todos os anos no festival de cinema Sci-Fi London. A obra foi eleita como um dos 10 destaques da competição.

Poemas

Existem inúmeros algoritmos que geram poesia, e pasmem, alguns datando das décadas de 50-70. Porém, alguns casos valem a pena destacar.

Como é o caso de Zackary Scholl, um pós graduando da Universidade de Duke, que criou um programa gerador de poesia. Ele conseguiu que um de seus poemas fosse publicado em uma das revistas literárias universitárias mais antigas dos Estados Unidos.

Leia uma tradução livre do texto:

Para o toco do pinheiro
Um lar transformado pelo raio
as alcovas equilibradas sufocam
essa terra insaciável de um planeta, a Terra.
Eles a atacaram com chifres mecânicos
porque te amam, amor, com fogo e vento.
Você diz, o que o tempo espera de sua primavera?
Eu digo que espera pelo galho que floresce,
porque tu és arquitetura diamantífera de doce cheiro
que não sabe por que cresce.

Parece que não há limites para o que a inteligência artificial é capaz fazer. Mas mesmo assim, podemos ficar tranquilos em saber que os humanos não serão substituídos por máquinas, afinal o fator “humano” é único e sempre fará a diferença.

Mas será que a criatividade humana se tornará obsoleta pela capacidade de criar de robôs, algoritmos e redes neurais? Somente o tempo e as obras podem decretar.

Fonte: Dialogando - Criatividade digital Dialogando

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