#BlackoutTuesday: saiba mais sobre movimentos sociais na internet

4 de junho de 2020

Durante o dia 2 de junho, o feed de milhares de usuários do Instagram continha a mesma foto: um quadrado completamente preto, sem imagens ou texto. A campanha, indicada pela hashtag #BlackoutTuesday, surgiu como parte do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português).

A intenção da campanha nas redes sociais foi chamar a atenção para a comunidade negra de todas as partes do mundo, exaltando criadores de conteúdo, jornalistas, artistas, músicos e escritores negros, expandindo, assim, o alcance e visibilidade destes profissionais.

Já o movimento Black Lives Matter, que vai além do alcance das redes sociais, teve início em 2014 nos Estados Unidos, motivado pela morte de Eric Garner — um cidadão afro-americano — por um policial. Recentemente, o movimento ressurgiu com a morte de George Floyd, nas mesmas circunstâncias de 2014.

No Brasil, o movimento — que foi traduzido para Vidas Negras Importam — teve destaque na mídia após as manifestações ocorridas no dia 31 de maio, em diversas cidades do país, em justiça a João Pedro, adolescente de 14 anos que foi baleado e morto dentro de sua própria casa por um policial no dia 18 de maio.

Ambos os movimentos buscam igualdade e justiça em combate à violência que vem sendo praticada contra a comunidade negra. Existem diversas formas de ajudar e participar das campanhas:

Assinando petições

Existem diversas petições e abaixo-assinados que podem ser apoiados por qualquer pessoa, via internet. Tais petições não possuem valor jurídico, mas são um meio de mobilização social que provocam grande repercussão, podendo, assim, chegar até as autoridades competentes. No site do movimento Vidas Negras Importam, é possível acessar todas as petições e abaixo-assinados a favor da causa.

Mantendo-se informado

Informação é sempre a melhor ferramenta. É preciso saber quais são os objetivos das campanhas, dos movimentos e como eles surgiram. No site do movimento Vidas Negras Importam, manifestantes e apoiadores reuniram diversos materiais, documentários, livros e artigos para que a população possa estar sempre informada do propósito da campanha. Este material pode ser acessado na aba “Como se Educar” ou diretamente clicando neste link.

Além disso, existem diversos canais e veículos jornalísticos independentes com a proposta de noticiar e informar a população sobre a vida das comunidades negras do país, englobando os movimentos, campanhas e manifestações.

Os sites Notícia Preta, Alma Preta, Voz das Comunidades e Ponte são alguns desses veículos independentes, financiados por leitores por meio de doações mensais.

Se você utiliza o Twitter, o perfil Rede Brasileira de Jornalistas Negros criou uma lista com mais de 100 jornalistas para acompanhar.

Já no YouTube, o portal jornalístico HuffPost criou uma lista com 33 YouTubers negros brasileiros para seguir. E o Spotify criou uma playlist especial chamada Black Lives Matter, com bandas e artistas negros.

No Instagram, as campanhas continuam com as hashtags #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam, que são usadas para compartilhar informações importantes em tempo real sobre os movimentos. Por isso é importante atentar para o uso destas duas hashtags: elas não devem ser usadas para postar fotos de apoio e solidariedade à campanha e não devem ser usadas junto à hashtag #BlackoutTuesday.

Estar atento aos nossos semelhantes e participar na busca por direitos iguais para todos é um dever de todos nós. E com a tecnologia, é possível ajudar de diversas formas, seja por doações, abaixo-assinados ou compartilhando informações relevantes.

Fonte: Dialogando - #BlackoutTuesday: saiba mais sobre movimentos sociais na internet Dialogando

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